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<strong>Juros no Brasil: a discussão que gira em círculos como um disco furado!</strong>

Este artigo discute a superficialidade das discussões sobre a macroeconomia e os juros no Brasil, que muitas vezes ignoram questões importantes, como a estrutura oligopolizada da economia brasileira e sua relação com os rentistas. Ao manter os juros altos em detrimento do desenvolvimento econômico e social do país, o Banco Central contribui para uma economia ultrapassada e pouco inclusiva. Além disso, a discussão sobre os juros muitas vezes ignora problemas estruturais da economia brasileira, como a falta de investimentos em infraestrutura, a baixa produtividade e a desigualdade social. É preciso repensar as políticas econômicas do país para promover uma economia mais inclusiva, inovadora e sustentável.

A macroeconomia e os juros no Brasil são temas frequentemente discutidos na mídia e na sociedade em geral. No entanto, muitas dessas discussões acabam se tornando repetitivas e superficiais, deixando de lado questões importantes e relevantes para entender a realidade econômica do país.

Uma das principais críticas a essa discussão sobre os juros altos no Brasil é que ela muitas vezes não leva em consideração a estrutura oligopolizada da economia brasileira e sua relação com os rentistas. O Brasil é um país em que poucos grupos detêm grande parte da riqueza e do poder econômico, e essa concentração de poder acaba favorecendo os interesses dos rentistas em detrimento da população em geral.

Essa realidade se reflete, por exemplo, na política monetária adotada pelo Banco Central, que muitas vezes se preocupa mais em proteger os interesses dos rentistas do que em promover o desenvolvimento econômico e social do país. Ao manter os juros altos para atrair investidores estrangeiros e garantir altos lucros para os rentistas, o Banco Central acaba contribuindo para uma economia ultrapassada e pouco inclusiva.

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A taxa básica de juros no Brasil, conhecida como SELIC, é determinada pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central. O cálculo da SELIC leva em consideração diversos fatores, como a inflação, a atividade econômica, o cenário internacional e outros indicadores financeiros.

A fórmula básica para o cálculo da SELIC é a seguinte:

SELIC = Meta da Taxa de Juros + Prêmio de Risco

A Meta da Taxa de Juros é definida pelo COPOM como a taxa de juros necessária para alcançar a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta de inflação é definida anualmente pelo CMN e atualmente é de 3,75%, com uma margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais para mais ou para menos. O Prêmio de Risco é um adicional que pode ser acrescido à Meta da Taxa de Juros para refletir as condições do mercado financeiro e a percepção de risco pelos investidores. Esse prêmio de risco é determinado pelo COPOM e pode variar de acordo com fatores como a volatilidade dos mercados financeiros, a incerteza política e econômica e outras condições externas. Uma vez determinada a taxa SELIC, ela é utilizada como referência para diversos outros juros praticados na economia brasileira, como os juros bancários, os juros de empréstimos, os juros de financiamentos imobiliários e outros. A SELIC também é utilizada para a remuneração de títulos públicos emitidos pelo governo, como as Letras do Tesouro Nacional (LTN) e os títulos do Tesouro Selic (LFT).

Além disso, a discussão sobre os juros altos muitas vezes ignora as questões estruturais da economia brasileira, como a falta de investimentos em infraestrutura, a baixa produtividade, a falta de inovação e a desigualdade social. Sem resolver esses problemas, a redução dos juros sozinha não será suficiente para promover o desenvolvimento econômico e social do país.

Portanto, é necessário ir além da discussão superficial sobre os juros e olhar para as questões estruturais da economia brasileira e para a concentração de poder econômico que favorece os rentistas. É preciso repensar as políticas econômicas e monetárias do país, de forma a promover uma economia mais inclusiva, inovadora e sustentável.

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